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  • Inflação: Haddad diz que CMN estuda mudança no modelo de meta


  • O Conselho Monetário é formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do Banco Central. CMN se reunirá nesta quinta-feira (29).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (28) que o Conselho Monetário Nacional (CMN) irá discutir em reunião nesta quinta-feira (29), uma possível mudança para o modelo da meta de inflação.

O modelo em vigor hoje é de ano-calendário, ou seja, o CMN estabelece uma meta de inflação para cada ano.

O ministro da fazenda tem defende que a meta seja contínua e não limitada ao período de um ano.

"[Vamos discutir] se é o caso ou não de tomar essa decisão sobre padronizar em relação ao resto do mundo o programa de metas de inflação do Brasil, que é sui generis, só no Brasil e mais outro país, acho que Turquia, que usa meta calendário", afirmou.

Além de Haddad, o conselho é composto pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

As medidas estabelecidas do CMN serão tomadas por maioria simples de votos. Uma possível mudança no modelo de meta necessita de dois dos três votos.

Metas para a inflação 

De acordo com Haddad, o conselho irá discutir nesta quinta a meta de inflação para 2026. O CMN precisa definir ainda esse mês a meta para a inflação de três anos-calendário à frente.

Cabe ao conselho também a definição do intervalo de tolerância para o cumprimento da meta.

  • Meta de inflação para 2023: 3,25%.
Intervalo de tolerância: entre 1,75% e 4,75%.
  • Meta de inflação para 2024: 3%
Intervalo de tolerância: entre 1,5% e 4,50%.
  • Meta de inflação para 2025: 3% 
Intervalo de tolerância: entre 1,5% e 4,50%.
  • Meta de inflação para 2026: a definir.
Intervalo de tolerância: a definir.

As metas para 2023, 2024 e 2025 foram definidas pelo CMN em 2020, 2021 e 2022, respectivamente.

Será a primeira vez que a atual composição do conselho, que conta com a participação de dois ministros do governo Lula, e será responsável para a definição da meta de inflação para um determinado ano.

Lula teceu críticas ao nível da taxa básica de juros, que está em 13,75% desde agosto de 2022, é também já criticou o patamar da meta.

Em abril, durante café com jornalistas, o presidente disse que "se a meta está errada, muda-se a meta".